terça-feira, 27 de março de 2012

Por moradia digna e a reforma urbana


Representante do MLP nas reuniões nacionais da Resistência Urbana, Regina Silva, contribui com sua longa experiência como liderança popular em Belém e outras cidade. Nesta postagem analisa os compromissos que o MLP tem em comum com todos os demais movimentos que constroem a referida frente nacional: “O nosso movimento, muito embora seja regional, está sendo construído sobre as mesmas bases programáticas e princípios organizativos em que está sendo construída a Resistência Urbana. O MLP acredita que o movimento popular urbano deve desenvolver a capacidade de enfrentar o monopólio do solo urbano pela indústria imobiliária e a minoria rica que habita as chamadas áreas nobres das grandes e médias cidades para cumprir seu objetivo estratégico, que é a conquista da reforma urbana anticapitalista; se orienta pela convicção de que só a luta muda a sociedade e de que é preciso desde já articular todo um conjunto de demandas do povo pobre das periferias urbanas para que essa luta tenha êxito Mas o MLP tem um diferencial importante que é o seu perfil eminentemente comunitário, no sentido de que absorve entidades comunitárias criadas em ocupações consolidadas e bairros pobres de Belém e outras cidades do Pará. Investe em novas ocupações, mas entende que a luta de massas pelo direito à cidade e uma verdadeira reforma urbana, passa também pela organização dos moradores das periferias urbanas, dos bairros e assentamentos precários destinados à maioria pobre e negra da sociedade. Foi esse perfil que reafirmamos no I Encontro Nacional da Resistência Urbana, entre 6 e 8 de maio passado. (...) nas ocupações do Ministério das Cidades em Brasília, junto com o MTST, MPM e outros movimentos durante jornadas nacionais de luta dessa frente, para anunciar ao governo federal que passaria a negociar com movimentos bem diferentes daqueles que estava habituado a receber, que mais parecem agências de propaganda desse governo (...) agora existe uma frente que tem o poder popular como meta. (...) Apresentamos uma longa pauta de cobranças ao governo e deixamos bem explicito que nos interessava debatê-la diretamente com o governo; que estaríamos fora de todo e qualquer espaço de colaboração com esse governo.” Regina Silva tem participado ativamente da mesa de negociação com diferentes órgãos do governo federal, espaço está criado desde a ocupação do Ministério das Cidades que inaugurou o referido encontro nacional ; uma mesa criada para discutir a pauta da RU, que já reuniu muitas vezes.

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