segunda-feira, 23 de abril de 2012

MLP Barcarena. Ministério das Cidades promete solução para ocupações no município

A regularização de mais de trinta ocupações urbanas localizadas em áreas da União e o assentamento sete comunidades tradicionais em novas áreas, pelo motivo de suas áreas originais terem sido irremediavelmente atingidas pela contaminação resultante da produção do alumínio, são as grandes bandeiras do MLP em Barcarena. Bandeiras que foram incluídas na pauta que a Resistência Urbana apresentou ao Ministério das Cidades, na ocasião em que os delegados ao seu primeiro encontro nacional ocuparam o prédio desse ministério, em Brasília, em 06 de maio do ano passado. Petronilo Alves, que integrou a comissão de negociação da RU, fala sobre a construção do MLP no referido município: “ Nosso comprometimento com a construção do MLP foi um processo natural: por um lado, são muito sólidos os laços de companheirismo e confiança política que mantemos com os demais propositores do novo movimento; por outro, nossas comunidades não contaram com a entidade nacional que reivindicava sua representação num momento bastante decisivo de nossa luta, que foi a resistência aos leilões da Codebar para reaver as áreas que seriam de sua propriedade (...) Barcarena é um dos mais importantes pólos industriais do Pará. Além do complexo Albrás-Alunorte voltado à produção do alumínio, há empreendimentos voltados a outros produtos como o caulim, cimento, ferro-gusa, lingotes de manganês, etc. e está sendo instalada a Cia de Alumínio do Pará para integrar a cadeia de refinamento da alumina. (...) Nossas comunidades se originaram das grandes levas de migrantes em busca de emprego na região, como ocorreu em função de outros grande empreendimentos no Pará e na Amazônia, e que não tinham nenhuma alternativa habitacional senão a de ocupar essas terras (...) os empreendimentos e o Estado sentem-se desobrigados de oferecer infraestrutura, serviços públicos e políticas sociais para essa população, que está cada vez mais pobre e marginalizada (...) Bastante mais grave é a situação de várias comunidades tradicionais, com seus rios e todo o meio ambiente contaminados pelos resíduos industriais... sua saúde e meios de sobrevivência não tem nenhuma viabilidade nessas condições. Daí a urgência que o MLP tinha para cobrar do Ministério das Cidades, SPU e outras instituições públicas medidas que garantissem moradia e vida digna para essas comunidades”. Houve avanços importantes neste período: a ameaça de reintegração de nossas ocupações na cidade cessaram e, com as conversações que fizemos com o Ministério das Cidades, uma nova grande área está providenciada para o assentamento das comunidades tradicionais; área onde possam desenvolver as mesmas formas de produção e de vida anteriores à contaminação.

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