terça-feira, 10 de abril de 2012

MLP Marituba. Fazendo a diferença numa ampla unidade

O Centro Popular pelo Direito à Cidade (CPDC) foi um dos principais pilares da construção do MLP, responsável direto pela implantação do novo movimento nos municípios de Marituba e Benevides. Hélio Oliveira que representou o CPDC nas reuniões que antecederam sua criação, falou para o MLP Informes sobre a origem e significado do MLP para a luta popular urbana no Pará e nos referidos municípios. “ Nunca reivindicamos para o CPDC a condição de entidade geral do movimento popular ou comunitário de qualquer cidade. O CPDC sempre foi e continua a ser um espaço de formação e debate para militantes de várias entidades comunitárias e de outros perfis sobre temas relacionados ao que se passou a denominar de direito à cidade, aquele estágio  da cidadania que só pode se concretizar no bojo de uma verdadeira  reforma urbana, de um projeto de cidade necessariamente anticapitalista, democrático e popular. Mas o centro nos possibilitou identificar, dialogar e unificar nas lutas o melhor da militância do movimento popular em Marituba e lutadores importantes em Benevides, onde é menor o nosso alcance. (...) A ideia de criar o MLP caiu como uma luva nas mãos desse setor mais combativo e autônomo do movimento comunitário, além de nos possibilitar uma unidade mais sólida com os setores mais combativos de Belém, Ananindeua e outros municípios envolvidos no debate; afinal este movimento poderia cumprir  mais plenamente a função de articular e dar organicidade a união de várias entidades e coletivos locais de luta (...) Não vemos nenhuma contradição entre construir uma unidade permanente e mais orgânica do campo combativo, identificada com a Resistência Urbana, e participar de uma unidade mais ampla, que envolva muitas outras entidades, sem prejudicar a unidade especifica do campo combativo. Não perdemos nada implementando lutas com movimentos que mesmo sendo vacilantes podem fazer aflorar as contradições politicas em âmbito local; ao contrário, ganhamos muito com a mobilização de todos em cima de bandeiras de interesse geral, como saúde, moradia, combate a violência, etc. Na maioria das vezes, o MLP é o único instrumento da Resistência Urbana e não nos resta alternativa para uma mobilização mais ampla além de envolver entidades que estão fora de nosso campo. O mais importante é garantir e dar visibilidade ao nosso perfil de esquerda. Penso que temos conseguido demarcar o espaço que nos identifica politicamente”.  Hoje, Hélio Oliveira dedica mais tempo à militância em Belém e representa o MLP no Fórum  Municipal de Lutas Populares, formado também por entidades sindicais e estudantis. Em seu depoimento comentou também a importância e urgência da unidade popular e sindical na forma de uma nova central dirigida pela esquerda.              

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