terça-feira, 24 de abril de 2012

MLP Castanhal. Organização Comunitária e Ação Direta

Francisco Sinval Batista está entre os representantes do MLP na comissão escolhida para negociar com o Ministério das Cidades e outros órgãos federais, a pauta da Resistência Urbana, em processo aberto desde a ocupação do prédio daquele ministério em maio de ano passado, por militantes de vários movimentos. Na pauta do MLP, Castanhal aparece com destaque graças a quatro ocupações urbanas recentes, sob a direção de nosso movimento, em paralelo ao trabalho de organização comunitária em todos os bairros periféricos desse município, através da Federação de Entidades Comunitárias de Castanhal, que Sinval Batista preside. Ele fala ao MLP Informes sobre a experiência de organização comunitária e da luta de ocupação de terrenos ociosos no referido município: “Colocar a Femeca na perspectiva do MLP foi uma tarefa de certa complexidade, uma vez que essa entidade estava organizada sob os parâmetros do movimento comunitário tradicional. (...) A Femeca passou por importantes mudanças desde a histórica vitória do campo de esquerda no congresso de 2004, inclusive pelo rompimento do campo assistencialista com a mesma. Esse campo não conseguiu deslegitimar a FEMECA como entidade geral do movimento comunitário, classista e combativo. Mas nossa contribuição ao surgimento do MLP significou também um esforço para requalificar a atuação da entidade, incentivando forma mais democrática de organização e deliberação nas bases nos bairros. (...) A ocupação de áreas ociosas na periferia de Castanhal e de algumas outras cidades da região, por famílias sem-teto, famílias comprovadamente carentes de moradia, é uma experiência mais recente e mais diretamente vinculada à existência do MLP. (...) Nossa inclusão entre os que negociam com o Ministério das Cidades em nome da Resistência Urbana e do MLP deve-se principalmente a essa luta direta pela moradia, que tem sido muito difícil com a intimidação e a violência policial contra os ocupantes e as ameaças de reintegração de posse, mas, ao mesmo tempo, muito gratificante. Em seu depoimento, Sinval lembrou que, do Ministério das Cidades, cobra o cumprimento do acordo de construção de um residencial com mais de mil casas na ocupação Pantanal, através do Programa Minha Casa Minha Vida, bem como, solução semelhante para as ocupações Campos Lindos e Novo Estrela. Na Vila Cabanos, a situação é diferente: as famílias voltaram a ocupar o terreno de onde foram expulsas pela polícia a mando da Cosanpa, que a adquiriu bem depois de estar habitado por essas famílias. Na data de hoje, 24 de abril, um forte aparato policial foi mobilizado pelo governo Jatene para garantir a reintegração de posse do mesmo, mediante acordo com o movimento, intermediado pelo Ministério Público: todas as famílias terão direito casas construídas pela COHAB em Castanhal. Umas imediatamente, outras com a conclusão de projetos de casas populares.

Um comentário:

  1. Olá,
    gostaria de um telefone para contato com vocês.
    abs
    Thalita
    8119 -1619
    O LIBERAL

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